sábado, 13 de março de 2010

SEBASTIANA



Descrever Sebastiana, não é dos ofícios mais fáceis, requer um tipo de despretensão.
Sebastiana nasce do sonho de três jovens cariocas, que buscam não abrir apenas mais um restaurante, pretendem resgatar seu antigo e esquecido propósito, restaurar os que se fazem necessitados, de alimento, abrigo e carinho. A proposta eleita pede a licença poética para usar o titulo de bistrô, em seu mais saboroso intuito, o da proximidade entre as pessoas, da sensação de aconchego. Quem entrar no Sebastiana Bistrô irá sentir como se ali fosse sua casa, que conhecesse cada palmo de parede, teto, chão faz muito... Sentado à mesa, irá crer que há avós dentro da cozinha a lhe preparar o mais suculento dos seus desejos.
Hasteiam sobre um lindo sobrado de 1938, na Rua Mena Barreto nº 4 a bandeira da cozinha sentimental, onde o mote é conjugar o verbo agradar, não tem outro intuito senão esse. Qualquer que seja o título ou formula empregada nos “científicos sambas” de sua cozinha (Molecular, contemporânea, vanguardista, retro, clássica, internacional, Brasileira, regional,...) a intenção é que gostem de Sebastiana e dos seus.
Carioca Sebastiana pede passagem, e acaso o samba vier a ser atravessado...
-Desculpa!
 “Levanta, sacode a poeira e da a volta por cima”.
S-E-B-A-S-T-I-A-N-A
Essas exatas dez letras formam o gênero feminino de tão quanto querido e nobre SEBASTIÃO ou com mais gosto TIÃO que do Grego diz se aquele que é sagrado, reverenciado, assim como é Sebastiana, mulher de peito, fibra, cor, raça, que quebra galhos, faz graça, canta e dança xaxado na Paraíba, pinta e borda, cozinha, ama, sente vive e é como um sonho bom que nunca termina, daqueles que se pode ter de olhos bem abertos.
Sebastiana é a tradução mais bela de tudo que nos é bom e imortal, cheiro de terra molhada, laranja madura no fundo do quintal, é deleitar-se com doce de leite, beijo roubado, bom bocado, lembrança da amada na esteira dura de quem toca a boiada, fumegante aroma de café na alvorada, saudosa maloca, é taba, paliçada é oca, é abrigo em seguro colo de avó, de amplo coração mãe, é verbo, pulsa e vibra...
Viva! Viva! Vive
É tudo que se quer viver...
Sebastiana é  amor ágape que serve de abrigo e que alimenta corpo e alma, que é cego as indiferenças do cotidiano que nos cercam.
É parda, mulata, preta, mameluca, cabocla, alva, amarela, vermelha, afro descendente... É viola, atabaque e bambu.
É impar Brasis dentro de um singular Brasil.

Um comentário:

  1. Alô meninos! Lindo, criativo, e elucidativo post de apresentação.
    Quanto ao Sebastiana real, já o conheci e devo atestar que o sonho de vocês se concretizou, em uma deliciosa realidade!
    Quanto à idéia de que o cliente se sinta num ambiente friendly, com gostinho de comida caseira, a proposta foi atingida, pois ao provar o chutney que acompanha o bolinho de risoto, lembrei de receitas de família, e foi paixão à primeira vista, ops, à primeira prova...
    Parabéns! Muito benvindos, e sucesso ao Bistrô.
    Honório, coloca uma foto, com a bice na porta!
    Abraços.

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Sebastiana