Hoje depois de debater por longo tempo o cardápio do Sebastiana, que até segunda mudança enfim foi fechado, voltei para casa com vontade ou acho que dever moral de escrever sobre o restaurante, não o Sebastiana, mas, Restaurante de uma maneira geral e seu maior apetrecho: o cardápio ou carta, e seu diminutivo menu que ficarão para um próximo momento.
Antes de falarmos sobre o RESTAURANTE, lembremos que a comida (alimento) teve, tem e sempre terá um papel importantíssimo nas mudanças históricas desde que o homem se entende por homem. Podemos talvez, até dizer que foi a pioneira nas mudanças sociais e não o dinheiro, que surgiu depois e que mesmo hoje é um co-protagonista das atuais mudanças juntamente com a comida, ou seja, no fundo a comida é a grande maquina de escrever á escrever a história mundial.
Há quem acredita e diga que o início de tudo se deu na maçã, degustada por Adão e Eva, símbolo do abuso deles que causou a ira em Deus, que os expulsou do Paraíso e por conseqüente leva a disseminação da raça humana no mundo. Daí em diante, a comida anda “intestinamente” ligada a tudo o que o homem faz ou busca fazer, invasões, guerras, navegações, revoluções industriais, evoluções tecnológicas, enfim uma gama infinita de possibilidades regadas a azeite, óleos, caldos, acompanhadas de frutas, verduras, legumes, carnes, bebidas alcoólicas ou não.
Posto isto, podemos prosseguir com o caso do RESTAURANTE, que por mais que muitos acreditem que ele tenha derivado das tavernas e estalagens, não foi exatamente isso que ocorreu. Na verdade a palavra RESTAURANTE como conhecemos e a usamos hoje deriva do termo francês RESTAURANT, que designava um caldo a base de vegetais, carnes e grãos que era servido aos combalidos e enfermos pelos RESTAURATEURS, os quais eram os que sabiam e podiam produzir e servi tal sopa.
Entre as décadas de 60 e 70 do século XVIII, supostamente existiu um personagem importante nessa história, o Sr. Boulanger (padeiro em francês e sobrenome comum) que haveria sido processado por vender “pratos” que não o caldo restaurador, sendo talvez o criador do “RESTAURANTE”.
Os RESTAURATEURS, por muito tempo comercializaram em suas casas outros tipos de iguarias e não tão somente o “caldo restaurador”, mas, foi na revolução francesa que receberam a autorização para o livre comercio de outras de suas iguarias, criando na França nos idos do século XVIII o “RESTAURANTE” assim como o conhecemos hoje. Esses estabelecimentos ganharam uma enorme propulsão na então França revolucionária, nos encontros de escritores, pensadores e muitos mais, que se reunião em volta de suas mesas para fugir do frio das ruas, alimentar-se, falar e escrever sobre seus ideais.
Outro enorme incentivador do restaurante foi (...) Voltaire que dizia que “em todas línguas conhecidas”, a palavra gosto “era usada como sentido físico, gustativo e metaforicamente para designar a consciência da beleza”. (Fonte: www.abrasel.com.br)
Com o tempo esse lugar o RESTAURANTE, foi tomando novas formas, cheiros, cores, espaços, especificações, agregando a sua operação novas ferramentas, linguagens, rouparias, louças, mais funções e quem as possa exercer e cardápios. Hoje há uma infinidade deles nos quatro cantos do globo, mas, qualquer que seja seu sotaque, tempero ou estilo de cardápio, será sempre por excelência uma instituição francesa.
Viva La France!
É isso ai primão! $UCE$$0 ai no teu bistrô!
ResponderExcluirTudo de melhor pra ti!!!
|Estamos aqui dosul torcendopor ti.
Grande abraço,
Álvaro